Medida foi rejeitada na quarta-feira pelo Senado; segundo o executivo, aumento traria impacto de R$ 120 bilhões
Presidente da Câmara dos Deputados e um dos cabeças do bloco Centrão, Rodrigo Maia (DEM-RJ) defendeu nesta quinta-feira (20) a manutenção do veto presidencial que congelou salários de servidores públicos civis e militares. Para ele, não dá para o setor público não dar sua contribuição na crise.
O veto presidencial foi rejeitado na quarta-feira (19) pelo Senado, gerando reações do próprio presidente Jair Bolsonaro –“Impossível governar”, declarou – e do mercado, onde o dólar chegou a R$ 5,67 na sessão desta quinta.
Em entrevista concedida nesta quinta, Rodrigo Maia afirmou que todos têm responsabilidade com o país. “Tem partidos da base e independentes, todos eles trabalhando e votando junto nesse caminho do equilíbrio fiscal e respeito ao controle de gastos”, afirmou.“Se temos uma taxa de juros baixa devemos tudo o que o Parlamento fez junto aos dois governos [Temer e Bolsonaro]”, destacou Maia. O parlamentar se referia a atual taxa Selic, fixada em 2% ao ano.
A suspensão de reajustes até 2021 foi exigida pelo Poder Executivo em troca do socorro financeiro de R$ 125 bilhões aos estados e municípios em razão da pandemia de Covid-19. Para a derrubada do veto ser confirmada, a Câmara tem que aprovar.
O presidente da Câmara ressaltou que respeita a decisão do Senado, mas não garante que ela será referendada na outra casa. Mesmo defendendo a manutenção do veto, Maia criticou a reação do ministro da Economia, Paulo Guedes. “Não nos ajuda o ministro da economia atacar o Senado, isso atrapalha e pode atrapalhar a votação aqui. Eu respeito a liberdade de voto de cada senador”, frisou.
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