
Por Francielio de Freitas Silva e Everton Edvaldo
Muitos assembleianos se orgulham por pertencerem a maior denominação evangélica do Brasil e pelo fato da assembleia de Deus ser a denominação que mais investe em evangelização. Embora não me orgulhe dessas coisas, reconheço essas proezas e outros méritos na denominação evangélica a que pertenço. Porém proponho aqui algumas críticas às ADs na esperança de que haja um despertamento maior para corrigir deficiências consideradas gravíssimas em seu seio. Vamos lá:
1. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a que mais perde ou abre precedentes para que seus membros migrem para outros ministérios ou fundem igrejas (o autoritarismo e a falta de assistência da parte das lideranças é a causa principal dessa evasão de membros).
2. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a que menos discípula em profundidade seus congregados (o nível de ignorância sobre pontos básicos da fé cristã e essenciais das escrituras da maioria dos crentes assembleianos é alarmante!).
Obs: consulte os assembleianos sobre pontos simples da Bíblia, da igreja, do cristianismo, da reforma protestante ou acerca da própria história do pentecostalismo a que pertencem e veja a confirmação do que tô afirmando; considere ainda a facilidade dos assembleianos em aceitarem acriticamente hinos, literaturas e pregações de baixo teor bíblico e doutrinário e terá mais uma confirmação.
3. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a que mais produz pregação alegórica, triunfalista, pragmática e descontextualizada tanto em relação ao texto bíblico quanto as principais questões do mundo contemporâneo.
4. A AD é a denominação que mais cresce mas é a que menos se importa em incentivar os crentes ao estudo bíblico-teológico.
5. A AD é a denominação que mais cresce mas é que tem os obreiros mais despreparados em áreas indispensáveis para o bom desempenho do obreiro tais como: homilética, hermenêutica, ética ministerial, doutrina e liderança em geral. Não há, a rigor, muitas exigências para ser obreiro e ministro nas ADs e nem cobranças para que seus obreiros mais antigos se reciclem.
6. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a que mais promove cultos excessivamente emotivos e sensacionalistas e a que menos promove culto inteligente, reflexivo e racional.
7. A AD é a denominação que mais cresce mas é a que menos promove o ministério apologético, isto é, treinamento para defesa da fé cristã: maioria dos jovens assembleianos quando ingressam na faculdade ou universidade, são facilmente cooptados por ideologias políticas anticristãos e por falsas filosofias, se tornando assim frios, céticos ou críticos da própria fé que professa (isso quando não se desviam da fé).
8. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a que mais promove o legalismo (faz dos usos e costumes critérios para salvação e para medir o grau de espiritualidade e de moralidade dos crentes).
9. A AD é a denominação que mais cresce mas é também a igreja que menos promove diálogo entre seus membros e a cultura (ainda há uma grande resistência para com a relação fé-razão; fé-politica; fé-arte; fé-cultura no meio assembléiano).
10. A AD é a denominação que mais promove eventos de grande porte mas é, infelizmente, a que menos promove conferências, simpósios, seminários, palestras e eventos de maior solidez e envergadura teológica.
Texto: Francielio de Freitas Silva
Notas de Everton Edvaldo:
1- Imagem meramente ilustrativa.
2- Esse texto é uma crítica construtiva.
3- Sou assembleano e amo minha igreja, por isso desejo que ela melhore em muitos aspectos.
4- Se a Assembleia de Deus que você faz parte, não tem nenhuma dessas características, esse texto não é para ela.
Via @esquinadateoligia
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